Cotidiano

Produção física da indústria de embalagens cai no 2º semestre

As previsões para o final de 2016 são de retração, porém menos alarmante do que se supunha. A seguir, separamos alguns dados importantes que explicam essa mudança de perspectiva.

Desde o início de 2016, os especialistas vêm apostando em queda da produção física de embalagens até o final do ano. Contudo, graças a um estudo do Ibre/FGV divulgado em meados do mesmo ano, aliada a uma série de revisões, a expectativa é de um cenário mais ameno: nos primeiros meses do ano o esperado era uma retração de 3,7%, no início do terceiro trimestre o nível projetado diminuiu um pouco, melhorando para 2,6%, e, atualmente, estima-se que esse número tenda a diminuir ainda mais.

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Alguns economistas atribuem alguns fatores políticos entres os diversos agentes que estimularam essa recuperação. A mudança de governo brasileiro teria sido uma das principais razões para que economistas e empresários do setor começassem a especular uma reorganização das finanças públicas, mais favoráveis para seus investimentos, sinalizando, assim, a real possibilidade de uma reelaboração quanto à política econômica. Junto a isso, também foi levado em conta a troca das importações frente à desvalorização do câmbio presenciada na primeira metade de 2016, que por si só já justificaria uma melhoria nos ânimos dos profissionais da área.

Passado o ano, observou-se que a projeção de recuo em 1,1% para o terceiro trimestre de 2016, comparado ao mesmo período do ano anterior, foi bastante aproximada. O quarto trimestre apresentaria, no entanto, crescimento de 0,7% no último trimestre se equiparado a seu equivalente em 2015.

O ano de 2017 também deve acompanhar a leva de crescimento, segundo o estudo divulgado pela FGV. De acordo com novas estimativas, a produção física da indústria de embalagens deve abrir o ano com um aumento de 1%, impulsionada pelos setores de alimentação e farmacêutico. É sabido, que praticamente metade do consumo de embalagens se dá no setor de alimentos. Alcançando 1,96% de crescimento, este setor se estabeleceu como um dos pilares fundamentais para que o fechamento do primeiro semestre de 2016 não tivesse sido menor. Por sua vez, o setor farmacêutico expandiu em 1,93% no mesmo período, quando comparado aos seis primeiros meses, de janeiro a junho, de 2015. Outros segmentos que registraram decréscimo nesse mesmo intervalo também devem apresentar melhoras em 2017. É o caso dos eletrônicos, informática, eletrodomésticos, ótica, cosmético e vestuários. Logo, o consumo de embalagens pelas indústrias tende a se intensificar, nas mais diversificadas áreas, já no início de 2017.